História de Seychelles - Passado, presente e futuro de Seychelles
História de Seychelles

História de Seychelles

Conheça a história das ilhas que formam o arquipélago das Seychelles, desde os primeiros avistamentos até a atualidade.

Antes do descobrimento por parte dos países ocidentais, as ilhas das Seychelles já haviam sido visitadas, desde antes do século X d.C., pelos navegantes árabes e malaios, tal como sucedeu com outras ilhas do Oceano Índico: Maurício, Reunião ou Maldivas.

Primeiros ocidentais

Os primeiros ocidentais que colocaram os pés nas ilhas e aos quais se atribui o descobrimento foram os portugueses no início do século XVI.

Em 1502, em sua segunda viagem à Índia, o Almirante Vasco de Gama chegou às Ilhas; batizou-as como Ilhas do Almirante, em sua própria homenagem. As Ilhas Almirante são um conjunto de ilhas coralinas que fazem parte das Seychelles e que estão na parte mais ocidental.

Durante quase dois séculos, as Seychelles estiveram praticamente abandonadas e serviam como refúgio para os piratas.

Em 1742, o francês Lazare Picault explorou as ilhas e nomeou a muitas delas, denominações que, como Mahé e Santa Ana, perduram até hoje.

Em 1756, outro francês, Nicolas Morphey, tomou posse das ilhas em nome da França e chamou-as de Sechelles em homenagem ao Intendente Moreau de Sechelles. Nesse ano, as ilhas passaram a fazer parte da Companhia Francesa das Índias Orientais.

A partir de 1768, os franceses começaram a enviar colonos, escravos e trabalhadores indianos procedentes das Maurício e Reunião, principalmente para a exploração agrícola.

Enquanto pertenceram à Companhia Francesa das Índias Orientais, as Seychelles se converteram em um importante centro produtor de copra, cana-de-açúcar, mandioca, café, tabaco, baunilha, pimenta e canela.

Em 1778, Charles de Romainville fundou uma colônia em Mahé, a ilha mais importante do arquipélago, que se converteria na cidade de Victoria, atual capital das ilhas.

Napoleão escolheu o território como prisão para os deportados políticos.

Período britânico

Em 1810, após a guerra franco-britânica, as ilhas foram ocupadas pelos britânicos, o que foi ratificado pelo tratado de Paris de 1814-1816.

O Governo britânico incorporou-as ao império e as Seychelles passaram a depender administrativamente das Ilhas Maurício, situação que perduraria até 1903.

Em 1835, a escravidão foi abolida nas Ilhas Seychelles, o que propiciou uma migração massiva de trabalhadores hindus.

Em 1903, o governo britânico criou o cargo de Governador. As ilhas receberam o Estatuto colonial, passando a depender diretamente de Londres e não mais das Ilhas Maurício.

Em 1976, as Seychelles se convertem em uma república independente, integrando-se na Commonwealth. O primeiro presidente foi James Richard Marie Mancham.

Em 1977, um golpe de estado de ideologia socialista, com o apoio da União Soviética, deu o poder a France-Albert René, que governaria até abril de 2004.

Após o golpe de estado de 1977, estabeleceu-se um sistema unipartidarista que se manteve até 1991, ano em que o partido único no poder aprovou a participação de outros partidos políticos nas eleições.

As Ilhas Seychelles na atualidade

Hoje em dia, do ponto de vista político, este lugar paradisíaco é uma democracia que vive dos cultivos tropicais. A pesca e o turismo são os motores econômicos do país.

A beleza converteu este antigo refúgio de piratas e de tartarugas-gigantes em um destino privilegiado para os milhares de turistas que as visitam anualmente, muitos deles em viagem de lua de mel.

Além dos turistas, há muitos artistas e escritores que visitam ou residem nas ilhas. A ilha de Praslin, famosa por sua luz, se converteu no lar predileto de numerosos pintores.